Iberdrola dinamiza sensibilização em Ribeira de Pena sobre controlo de espécies exóticas

13 e 16 de maio de 2022

No âmbito da construção do Sistema Eletroprodutor do Tâmega, a Iberdrola desenvolveu duas ações de formação, destinadas aos alunos do Agrupamento de Escolas de Ribeira de Pena. Nos dias 13 e 16 de maio, as atenções centraram-se nas formas de controlo e erradicação de espécies exóticas em albufeiras e o concelho de Ribeira de Pena abriu as suas portas para receber ambas as iniciativas de sensibilização que se debruçaram neste tema, contando com o envolvimento de diversos alunos do 8ºA, 8ºB, 10ºA e 11ºB do Agrupamento.

As ações permitiram aumentar o conhecimento relativo a espécies exóticas de fauna e flora, que existem atualmente ou que possam vir a existir na região, e a valorização da sua importância e riqueza natural. Foi igualmente possível sensibilizar para os cuidados a ter, de forma a evitar a introdução ou propagação das espécies nas albufeiras de Daivões e Gouvães, novos ecossistemas criados que requerem uma atenção e cuidado próximos, de maneira a preservar a diversidade biológica autóctone.

Ao longo da formação, os jovens estudantes aprenderam a reconhecer as espécies exóticas que não deverão surgir e permanecer na zona, uma vez que poderão impedir o desenvolvimento das espécies nativas, ao colonizarem o ambiente em que se inserem, competindo pelo espaço e alimentos presentes.

Várias espécies exóticas invasoras já se encontram amplamente distribuídas nestas áreas da região. Como exemplos de flora, a mimosa (Acacia dealbata) ou a tintureira (Phytolacca americana), espécies ornamentais caracterizadas pela rápida reprodução. Foram também registadas várias espécies de peixes exóticos invasores, tais como a percasol (Lepomis gibbosus), o góbio (Gobio lozanai) ou a gambusia (Gambusia holbrooki).

Por outro lado, o novo ecossistema criado pelas albufeiras pode favorecer o aparecimento de novas espécies invasoras, por exemplo, associadas à atividade dos pescadores, como o lúcio (Esox lucius); à utilização recreativa da albufeira, como o mexilhão-zebra (Dreissena polymorpha) ou a azolla (Azolla filiculoides); ou à libertação de animais de estimação, como a tartaruga americana (Trachemys scripta).

Por essa razão, uma das formas para evitar a propagação de exóticas aquícolas consiste em desinfetar os barcos e jet skis antes da entrada na albufeira, pelo que as formações incidiram também sobre as maneiras de realizar corretamente esta desinfeção.

Segundo Sara Hoya, responsável pelo Meio Ambiente e Socioeconomia do Projeto Tâmega, “o principal objetivo destas formações da Iberdrola sobre espécies exóticas é sensibilizar a população para a importância de preservar um ecossistema com uma rica biodiversidade baseada em espécies autóctones. Para isso, é muito importante controlar as espécies exóticas que se podem disseminar muito rapidamente, ameaçando a riqueza do ecossistema nativo”.

Durante a formação, foram ainda analisadas medidas incluídas no Plano de Compensação dos sistemas ecológicos – como a criação de charcas para anfíbios, a construção de caixas para morcegos e abrigos para invertebrados, a restruturação de habitats para os répteis, plantações florestais, entre outras, efetuadas para aperfeiçoar a biodiversidade do ambiente, com base em espécies autóctones.

O Plano de Controlo de Espécies Aquícolas Exóticas enquadra-se na Declaração de Impacte Ambiental (DIA) do Sistema Eletroprodutor do Tâmega e no Contrato de Concessão, com o objetivo de melhorar a biodiversidade das espécies da região, mediante a prevenção da introdução ou propagação de espécies exóticas.

Sendo a formação dos possíveis utilizadores das albufeiras, como as escolas, uma das principais medidas para prevenir e controlar o avanço destas espécies, a Iberdrola reforça e prossegue, desta forma, o apoio fundamental a todas as iniciativas deste âmbito.